Quando o assunto é compras online, você já se perguntou como uma pessoa com deficiência visual, um idoso com baixa visão, alguém com deficiência motora ou um surdo, consegue comprar em um e-commerce?
As vendas online, de acordo com o relatório da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), tiveram um aumento muito grande. Especialmente no consumo das categorias de produtos de supermercados (80%), de saúde (111%) e de beleza e perfumaria (83%). O Brasil tem hoje 212 milhões de habitantes, e segundo o IBGE, 45 milhões possuem alguma deficiência. Cerca de 30 milhões de idosos também necessitam de acessibilidade digital e podem ter alguma dificuldade como baixa visão, por exemplo. E toda essa população é hoje, obrigatoriamente, consumidora online por conta da pandemia e dos constantes lockdown impostos pelo governo. E mesmo sem pandemia já está provado que esta é uma tendência irreversível.
Como essa parte da população tem feito compras na web para não sair de casa e manter o isolamento social? Por que as marcas continuam ignorando esse público? Essas pessoas têm direito ao consumo e consumiram R$ 22 bilhões em 2019, sendo R$ 5,5 bilhões em tecnologia para auxiliá-las em suas jornadas. Quando a compra dá certo elas comentam, mas não são ouvidas em suas carências, pois sua dor não dói nas pessoas que não possuem necessidades especiais. No entanto, elas deveriam ser mais vistas e ouvidas pois são um terço da população do Brasil.
Como deixar seu e-commerce acessível
Para deixar o seu e-commerce acessível é necessário pensar nos vários tipos de deficiência que o usuário pode ter. Por exemplo, nos casos de surdez usamos avatares em libras que fazem a tradução na língua brasileira de sinais e a audiodescrição dos produtos serve para que a pessoa cega ou com deficiência visual consiga acessar as informações por meio de um leitor de telas.
Essas e muitas outras soluções estão à disposição para que um recurso de tecnologia assistiva consiga atender à necessidade do usuário. A seguir na tabela 1 listo alguns desses recursos:
Seguindo as diretrizes estaremos contribuindo com uma web mais inclusiva para todos.
Fabíola Calixto
Imagem: Freepik